sexta-feira, 4 de maio de 2012

Gengiva Inflamada

O que é gengivite e como prevenir


A gengivite é uma enfermidade inflamatória muito comum. É causada principalmente por uma incorreta higienização oral que favorece a formação da placa dental. Pequenas quantidades de alimento se depositam entre os dentes e a gengiva e favorecem o crescimento bacteriano. Mesmo que a quantidade de alimento acumulado entre os dentes e a gengiva seja pequena, os químicos tóxicos produzidos pelas bactérias causam inflamação e sangramento das gengivas.
Se esssa condição permanece, a enfermidade pode evoluir para um estado crônico, provocar bolsas periodontais, hemorragia espontânea e excessiva, amolecimento dental e a perda do osso alveolar que sustenta os dentes. Nesses casos, também é grande a chance de perda dos dentes.
As formas de apresentação da doença podem variar, desde a mudança de cor da gengiva, que adquire tom mais avermelhado, até o inchaço local sem dor. Nessa condição, a gengiva sangra muito facilmente ante pequenos traumatismos como ao escovar os dentes. Também pode ocorrer uma intensificação desses sintomas, combinada com muita dor.




Diagnóstico e prevenção

Primeiro o dentista fará um exame físico que confirmará a presença desses sintomas.
Para prevenir a gengivite, devemos, em primeiro lugar, escovar os dentes e a língua pelo menos três vezes a o dia, sempre depois de cada refeição. Usar fio dental para retirar o restos dos alimentos que se acumulam entre os dentes e enxágues dentais. Também é importante incluir na dieta frutas frescas, alimentos ricos em fibras e vitamina C (limão, laranja, kiwi, acerola, goiaba, tangerina) e alimentos ricos em vitamina B3, presente naturalmente em cereais integrais (milho, arroz, trigo, aveia), além de leguminosas (amendoim, soja, feijão, grão-de-bico, lentilhas). É preciso evitar o consumo de gorduras animais, açúcar refinado, alimentos fabricados com farinha de trigo branca, arroz branco e outros alimentos processados ricos, quase que totalmente, em amidos. Esses alimentos combinados com a má higienização bucal provocam a enfermidade periodontal, já que as bactérias que produzem a gengivite se nutrem do açúcar e do amido presentes nesses alimentos.

Causas da gengivite

  • Drogas ilegais (crack, OXI, cocaína, etc.)
  • Cigarro
  • Estresse
  • Infecções virais e fúngicas
  • Medicamentos
  • Nutrição deficiente, falta de vitamina C
  • Prótese dental mal ajustada
  • Mudanças hormonais durante a gravidez
  • Mudanças hormonais durante a puberdade
  • Outras

Sintomas de gengivite

  • Mau hálito (halitose)
  • Dor ao redor dos dentes afetados
  • Gengivas de coloração avermelhada forte
  • Sensação de que os dentes estão separados e se movem
  • Gosto ruim na boca
  • As gengivas se movem em vez de estar bem ajustadas ao redor dos dentes
  • Sangramento ao comer ou escovar os dentes
  • Em casos graves, acumulação de pus


Tratamento Natural

A infecção que causa a gengivite pode ser combatida com enxágue bucal realizado com o chá de plantas que ajudam a desinfetar e tem alguma ação anti-inflamatória. Dois exemplos são a camomila e o tomilho. Esses tratamentos são potencializados com a ingestão de vitamina C. Para isso, basta tomar o suco de duas laranjas diariamente.
Enxágues bucais que tenham na sua composição óleos essenciais de menta, mentol e sálvia, ajudam na desinfecção e alívio dos sintomas. Massagear a gengiva com a ponta do dedo e algumas gotas de óleo de eucalipto também pode ajudar.
Outro recurso natural é fazer gargarejos com água e sal. Em um copo (200 ml) com água morna, coloque meia colher (chá) de sal. A mistura salina melhora a higiene bucal e ajuda a desinchar a gengiva.
Se você sofre com alguns dos sintomas da gengivite, faça uma visita ao seu dentista periodicamente.


Dr. Carlos Leandro Rodrigues

domingo, 15 de abril de 2012

Dentes de leite por que cuidar deles?

Os dentes de leite caem, mas isso não é motivo para descuidar deles

Os dentes de leite, também chamados de decíduos, são descartáveis e, depois de serem usados por um período, jogados fora. Então por que cuidar deles? Como esses dentes ficam moles e caem sem que a sua raiz seja vista, há pessoas que se admiram quando o dentista enfatiza a  necessidade de uma restauração de canal. Algumas questionam: esse dente tem canal? Para que tratá-lo se ele vai cair?
Os dentes de leite compõem a nossa primeira dentição. Em número de vinte, possuem esmalte, dentina, raiz e nervo, a mesma estrutura dos 32 dentes que formam a segunda dentição.
Por volta dos seis anos de idade, inicia-se a dentição mista, quando a criança começa a trocar alguns dentes de leite por dentes permanentes. Atrás dos últimos dentes de leite, nascem 12 molares permanentes que chegam para completar os trinta e dois. Por volta dos 15 anos, caem os últimos dentes de leite.
Quando se olha uma radiografia panorâmica de uma dentição mista, pode-se perceber que os dentes decíduos estão bem próximos dos permanentes, que virão logo a seguir e que ainda não são vistos na boca. Nota-se que qualquer problema com o dente de leite pode afetar diretamente o dente permanente, logo abaixo, principalmente infecções nos canais, traumas com afundamento do dente ou mesmo quando o dente é extraído precocemente.
Muito cedo, por volta dos dois anos de idade, é possível fazer o selamento dos molares de leite para evitar futuras cáries. Esse é tipo de ação preventiva que ajudará o dente de leite a permanecer saudável por mais dez ou doze anos até sua troca pelos pré-molares permanentes.
Os dentes de leite servem como guia para o nascimento da próxima dentição, ajudando os permanentes a ocuparem o lugar certo na arcada dentária. Quando ele é extraído muito antes do dente permanente estar pronto para nascer, os dentes vizinhos podem se movimentar e diminuir o espaço que deveria estar livre para o dente crescer sem dificuldade. É nesse momento que ocorrem os desvios dos dentes, resultando em má oclusão e dentes tortos.
De igual forma, se o dente de leite não amolecer e cair na hora certa ou restarem pedaços impedindo o nascimento do novo dente, ele pode ocupar outra posição. Portanto, a melhor forma de prevenção quanto ao uso de aparelhos é cuidar bem da primeira dentição e ficar atento na hora da erupção e queda dos dentes de leite.
Muitas vezes, até ficarem moles o suficiente para caírem, os dentes de leite passam por surtos - ficam moles e depois endurecem novamente por duas ou três vezes até que sua parte radicular seja reabsorvida.
É muito importante orientar a criança sobre o assunto para evitar ansiedade e preocupações desnessárias. Além disso, não é recomendável forçar com o dedo o dente que está mole, principalmente se as mãos não foram lavadas. Ali se encontra uma porta de entrada de bactérias para a corrente saguínea.
Quanto ao sagramento após a queda do dente, pode ser entancado rapidamente desde que seja colocada uma gaze dobrada, orientando a criança a apertar o local mordendo-a. Recomenda-se evitar exposição solar e a relização de atividades físicas vigorosas nas próximas horas.

Dr. Carlos Leandro Rodrigues

sábado, 14 de abril de 2012

Adoce saudavelmente!!!

Ajude seus dentes substituindo o açúcar refinado por adoçantes melhores!

O açúcar refinado, conhecido como sacarose, é o grande vilão nas ocorrências de cáries e doença periodontal. Sua ausência na dieta contribui significativamente para a redução desses problemas. A completa eliminação do açúcar refinado parece ser difícil uma vez que estamos bem acostumados com ele.
A maioria dos adoçantes artificiais encontrados no mercado, como sacarina, ciclamato, aspartame, entre outros, não provoca cárie, porém não é recomendado o uso de nenhum deles em função de sua toxicidade para o sistema urinário. Alguns, inclusive, já foram comprovadamente associados com o câncer dos rins e diarréia quando a dose diária é excedida.
Os adoçantes à base de estévia podem ser usados com maior segurança, já que são extraídos das folhas doces da planta do mesmo nome. Entrentanto, alguns cuidados são necessários, pois algumas marcas comerciais misturam a estévia com outros adoçantes artificiais para driblar seu gosto ligeiramente amargo. O ideal seria usar aqueles que contém apenas estévia. Ela é uma substância anticariogênica, ou seja, ajuda na remineralização de lesões inicias de cárie (manchas brancas).
O mel é excelente substituto para o açúcar, mas tenha cuidado, quando consumido em grande quantidade e com muita frequência, ele também se torna um agente produtor de cárie, porém a ação é mais lenta do que o açúcar. As bactérias que vivem na boca tem mais trabalho para metabolizar o mel. Além disso, o mel puro não processado nem pasteurizado é cicatrizante e ajuda na recuperação de qualquer tipo de ferimento do aparelho digestório (que começa na boca), melhorando desde úlceras no estômago até as úlceras das aftas da cavidade bucal. Mascar um pedaço de favo de mel pode ser tão prazeroso quanto mascar chicletes e é muito mais saudável.
O melado e o açúcar mascavo tem a mesma origem do açúcar refinado e também provocam cárie.  Mas a grande vantagem são os nutrientes da cana, principalmente ferro e cálcio. Assim, sua metabolização em nosso organismo não subtrai minerais de nossos ossos e dentes como acontece com o açúcar branco que não possui nenhum nutriente.
Todavia, nenhum desses produtos citados vai adoçar tanto quanto o açúcar. Por isso, é necessário ir habituando o paladar sem o açúcar e outros tipos de doces. O ideal é iniciar a substituição das sobremesas mais doces por menos doces e, finalmente por frutas doces.
Seria bom se optássemos pelo sabor original de cada alimento.

Dr. Carlos Leandro Rodrigues